quarta-feira, agosto 30, 2006

A Mulher dos Olhos Doces

Mulher que sabe usar o "M" de mel apenas no olhar, o "S" de sonho no entoar da voz...

E também, de repente, és capaz de usar o "R" de sorriso no humor de partilhar a gargalhada;

Por vezes, agarras num "I" de sumisso e desapareces-me nas nuvens de ninja, caminhando sobre as águas do rio em direcção oposta... ou nem tanto oposta, talvez ao quilo, mas a verdade é que isso pesa um tanto;

O "D" de Saudade acutovela com os nós dos dedos o diafragma que envergo ao peito, e assim comprime o coração.

Já noutra semana vens e apareces presenteando com um Magnífico "E" de alegria.
"E", talvez a a letra mais generosa de todas.

Até poderia construir agora uma palavra com todas estas letras mas, pelo menos em português, umas ofuscariam as outras resultando numa descaracterizada cor branca.

Assim ficam elas, estas letras, para já;
Que a criação de uma palavra requer a consonância de tons, conceitos e direcções e isso leva tempo (de "T"): 1 segundo ou um ano.

O Que é a Saudade

Até pode nem ter definição, mas quando se sente está lá!

Tenho saudades tuas!

quinta-feira, agosto 17, 2006

A Flor que Brota da Terra e Visa o Céu

Agora exercito um pouco de Narcisismo e portanto dedico a mim mesmo eu próprio. São algumas palavras que sairam do teclado (maroto) que já abarrotava pelas costuras!


O máximo que posso admitir é apaixonado... mas amar....
Não, amar não.

A paixão é o repente da luz nos olhos!

O amor é a flor que nasce na árvore; Que se constrói de vida e não de tijolos!
Mas só consegue nascer da árvore que de dia sorva a luz -- a mesma que incide nos olhos -- e que de noite se alimente da água e das outras riquezas da Terra. Da vida.

A árvore que é respeitada pela criatura humana é a única que dá flor.
Uma flor linda!
Flor linda és sim!

O teu nome faz aqui falta e assim restará enquanto as palavras se não cruzarem entre os desabafos e entendimentos necessários!

E mesmo depois, o que interessa é a felicidade.
Pelo menos a de ter um rumo bem definido na própria vida.

domingo, agosto 06, 2006

Palavras Mais que Soltas!

E esta pequena brincadeira de palavras é dedicada a todas as pessoas que, como eu e por vezes, apenas têm um cabelo a prender-lhes as palavras

Ah! Pudesse eu evitar estas letras e o faria tanto como a todas as outras em que já me leste!

Sim, é desta forma dramática -- mas com um secreto sentimento de humor -- que a utilizo para te dizer que apenas ajo com naturalidade ao escrevê-las.

Permito-me escrever o que quer que seja ou flua, pois apenas a tua condição prevalece: Algum dia me tivesses dito "Pára para parar", e assim acabariam estas e as futuras letras. Estampadas em tal intransponível muro de betão separador! Convertidas em grafitis de miúdos sem mais do que adolescência na cabeça... Espalmadas, espremidas sem verter sumo, mas sangue.
Sangue poético, claro está, mas quente(!), humano, sentido!

É verdade que me inspiras! Mas... que queres? É a verdade, porra!

E dizem os psicólogos que a mentira é estimulada por aqueles que não toleram a verdade! Muito bem!
Pois enquanto tolerares a verdade (aquela que te dou em pequenas porções ornamentadas por letras e laçarotes da linguagem), prescindirei da mentira (aquela em que nunca te diria que te não quero!).
Todos temos inconstâncias, mas esta regra está partida no que toca à aceitação da verdade no teu ser:
A tua personalidade enverga lindas indumentárias de inteligência tecidas!
São de princesa e coloridas; afagam o olhar que te entende.

Bem, tudo isto é brilhante e fabuloso, mas a esta hora fica tarde, tanto que já nem as doze badaladas soam, e os olhos pedem descanso.
Boa noite!

terça-feira, agosto 01, 2006

Um Jardim com Flores, Relva e Pássaros

Hoje, enquanto regava um jardim com flores, relva e pássaros lembrei-me de ti.

Que hoje me fizeste o mesmo: ofereceste palavras elogiosas, mostraste confiança e, sem o notar, delicadamente partilhaste o teu perfume.
Um aroma, viajante oculto, tão oculto e inodoro mas... qualquer que fosse, tão significante o seria!

Superou as aragens e ventos fortes do caminho, trespassou as portas a chaves encerradas, mas permaneceu nos campos do subconsciente deste que te escreve.

E aquele, o teu aroma, aguardou pacientemente.
Esperou o melhor momento, aquele em que a surpresa de ser sentido recuperasse a calma e a tranquilidade.

Desencantou-se por entre os arbustos do subconsciente e, num mero e efémero segundo, tornou-se novamente realidade!

Uma bela realidade viva!

Parei. Foi só outro segundo, mas parei.
Para apreciar.
Sorri.
Pensei nos porquês desta pequena "partida" do subconsciente.

e...