O Comunicado
Breves segundos bastaram para que um COMUNICADO se destacasse aos meus olhos unicamente como tal. Nada mais esses segundos me valeram sobre o que me tentavam comunicar...
O Bar das T. conta com a minha breve presença mais ou menos em cada dia, mais ou menos pela manhã.
E naquele dia, naquela manhã, a porta parecia ostentar pouco orgulhosa uma folha de papel branco e as dimensões do A4 horizontal.
Notava-se muito claramente que alguma impressora havia escrito tudo muito direitinho, tanto as letras "garrafonais" como as minorcas.
Aquele COMUNICADO pareceu um náufrago que somente conseguia gritar por socorro, entre as vagas que vêm e voltam a vir, vezes e vezes sem as poder ver.
E é nos curtos intervalos dos goles forçados na gola daquele náufrago que, na melhor das hipóteses, se fica a saber que afinal há uma mensagem a transmitir. Uma mensagem a receber. Uma mensagem tão importante que o mensageiro veio a nado e, em riscos da própria vida, se encontrava ali em situação de náufrago semi-flutuante...
E é assim que a dúvida persiste: onde terá chegado a mensagem? A quem? Será que só os membros do ISN foram resgatar a mensagem juntamente com o mensageiro? Terá havido a mesma atitude por parte de meros "populares"? Quantas pessoas, ao ler a palavra "COMUNICADO", se confortaram com pensamentos do tipo: "isso é coisa para as entidades competentes" e prosseguiram com a própria vidinha?
Quer dizer, a eficácia da comunicação depende não só da estrutura da mensagem, mas também da adequação do veículo e do meio utilizados, relativamente aos destinatários.
Este pensamento simples, por vezes poderá ser útil nos momentos em que se tenta e produz a comunicação!
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